O vídeo começa com um pensamento de 1967, do filósofo Marshall McLuhan : “As crianças de hoje ficam perplexas quando entram no ambiente do século XIX que ainda caracteriza os estabelecimentos de ensino onde a informação é escassa, mas ordenada e estruturada em fragmentos, padrões classificados e agendas.”
Deixo o vídeo com uma breve tradução. Agora é só manter a atenção:
“Se estas paredes (das salas de aula) pudessem falar, o que poderiam dizer? Se os estudantes aprendem pela prática, o que aprendem nas escolas? É claro, que as paredes não falam, mas os estudantes falam. Dizem que as suas turmas têm, em média, 115 alunos. O nome dos alunos é conhecido por 18% dos professores. São lidos 49% dos documentos propostos aos estudantes, que consideram que apenas 26% deles são relevantes para suas vidas. Centenas de dólares são gastos com livros que não são lidos. São lidos 8 livros por ano, além de 2.300 páginas na web e mais de mil perfis em sites de comunidades sociais. Eles escrevem 42 páginas de trabalhos por semestre e mais de 500 páginas de mensagens de correio eletrónico. Dormem 7 horas por noite, gastam 1,5 hora a ver TV, 3,5 horas navegando na net, ouvem música 2,5 horas por dia, ficam duas horas ao telefone, 3 horas na sala de aula, 2 horas a comer, mais duas a trabalhar e três a estudar. Isso totaliza 26,5 horas no dia. Isso é possível por eles serem “multitarefa”. Após a licenciatura eles somam vinte mil dólares de dívidas. E consideram-se uns felizardos, pois mais de 1 bilhão de pessoas ganham menos de um dólar por dia e os portáteis que eles levam às salas de aula custam mais do que muitas pessoas ganham por ano. Quando eles se formarem, provavelmente terão empregos que não existem enquanto estudam. Eles não criaram os problemas, mas estes são problemas deles. Algumas pessoas sugerem que a tecnologia pode-nos salvar, outros que a salvação virá somente pela tecnologia. Contudo, nem sempre os notebooks levados para as salas de aula são utilizados para actividades de aprendizagem.”
Para concluir, diz que o grande benefício de escrever nas lousas é que o professor se move!
Estes textos são baseados num documento colaborativo do qual participaram mais de duzentos estudantes de Introdução à Antropologia Cultural.
Este vídeo é contributo à discussão sobre métodos de ensino. Não consigo responder, de como esta revolução pode acontecer. Quando olhos para eles (alunos), questiono-me.
Apenas sei que continuarei a dar o meu contributo... são eles o meu élan!